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"Era uma bela jovem, um sonho e o futuro. Ela acordou do transe, sentou na cama e começou a refletir sobre tudo que acabou de assistir. Percebeu que a sua vida era diferente antes de saber como seria seu futuro. Deseja ter visto algo mais aceitável, algo que não pudesse controlar, mas os seus pensamento seguiam em varias direções distintas que ela não consegua concentrar-se. Ouvia o barulho dos carros passando na rua abaixo da janela daquele quarto de hotel e ouviu- sem prestar atenção alguma- o homem despedir-se e fechar a porta.
Deixou o corpo cair de costas na cama e sentiu uma lágrima escorrer do seu olho direito, e deixou-a cair. Virou o rosto pro lado pra secar na cama, e não conseguia entender como tudo que ela era hoje poderia ter tomado o rumo que ela viu. Pra entender isso, é preciso saber como ela era hoje.
Lila era uma mulher jovem, com seus 24 anos, e estava no ultimo ano da faculdade de Direito. Ganhou esse apelido do seu irmão mais novo, que quando pequeno, não conseguia pronunciar Lilian. Cabelos castanhos abaixo do cotovelo, e seus olhos castanho bem claros, apresentavam a sensação de que ela não tinha 20 anos. Olhos tão expressivos que muitas vezes traduziam todo o seu pensamento. Ela tinha muitos amigos, mas ainda assim uma enorme tendencia ao isolamento. Ela adorava música, mesmo não sabendo tocar nenhum instrumento. Não gostava de chamar atenção, e talvez por esse motivo chamava atenção. Tinha sonhos de construir sua vida e poder viajar o mundo, conhecer os lugares e fazer a tão desejada faculdade de História da Arte. Estava apaixonada por Dillan, um amigo de longa data, que com o tempo ganhou uma atenção especial em sua vida. Lila não seguia prognósticos, não queria o convencional. Já tinha vivido muita coisa em sua vida e tinha muito medo de muitas coisas, mas nunca de seguir em frente, de viver melhor amanha. Ela sabia que tudo conseguiria tudo que quisesse, só dependia do esforço com que ela se propunha a fazer.
Seu maior medo era a solidão. Era não ter alguém com quem realmente pudesse contar. Estar sozinha nos momentos em que lhe acontecesse algo, bom ou ruim. Não ter alguém pra dividir sua história, e construir uma a dois. Não tinha outras pretensões que não fossem essas, não aos 24 anos."
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